Fechamento estanque

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Pico do Itambé com a Quintal Radical - 28/05/2011

KIT PRIMEIROS SOCORROS

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Dicas médicas com o Dr. Aventura!

Estima-se que cerca de 1,4 milhões de pessoas no mundo cruzam fronteiras diariamente. O ecoturismo e os esportes de aventura também nunca foram tão praticados como atualmente. No entanto, é claro que esse ambiente tem seus perigos, maiores ou menores. Como então, preparar essa “aventura” com um mínimo de segurança ? A resposta é muito complexa, pois envolve inúmeros itens, que vão desde o conhecimento prévio da topografia e clima do local visitado, até as formas de acionamento de equipes de socorro numa situação de necessidade maior.

Seria impossível esgotar o assunto. Mas seguem abaixo algumas dicas básicas para o iniciante.

1. Procure um lugar compatível com o seu nível físico, técnico e psicológico e adequado ao seu orçamento.
2. Não leve apenas mapas rodoviários. Leve um mapa detalhado da topografia local, o mais atualizado possível. E plastifique esse mapa !
3. Escolha com rigor os guias, tanto das agências de turismo quanto os moradores locais. Há organizações sérias que já estão se preocupando em formar melhor tais guias. Visite, por exemplo, o site: www.abeta.com.br/aventura-segura.
4. As informações de guias podem eventualmente ser tendenciosas. Informe-se sempre que possível com amigos que já estiveram no local.
5. Verifique locais de suporte importante, como oficinas mecânicas, borracheiros, postos de combustível (e qualidade desse combustível), pequenos hospitais e farmácias, etc.
6. Procure saber se no local há sinal para telefonia celular ou pelo menos telefones de fácil acesso.
7. Verifique se há ajuda especializada numa emergência médica, principalmente equipes de resgate. Vale frisar que esse tipo de suporte é muito raro no Brasil.
8. Vá com um bom carro, de preferência 4x4 e com opção de marchas reduzidas de alto torque.
9. Não esqueça: principalmente a parte elétrica, mecânica e pneus (e estepe) devem estar em ordem.
10. Não esqueça chaves de reserva, cópias dos documentos do veículo e da seguradora do mesmo.
11. Procure levar uma boa bússola e se possível , um GPS (e saiba usá-lo).
12. Procure conhecer o clima, topografia, animais característicos da região e a presença principalmente de doenças tropicais ou endêmicas peculiares do local. Dependendo dessas doenças, pode ser necessário que você tome vacinas antes de viajar.
13. Você pode obter informações sobre as vacinas em vários sites, sendo um deles o da SUCEN (Superintendência do Contrôle de Endemias), um órgão governamental que monitora doenças em todo o território nacional – fones (011) 30322228 30318575 (www.sucen.sp.gov.br). Procure também na internet por “Medicina do Viajante” ou “Ambulatório do Viajante”.
14. Tenha sua vacinação contra Tétano em dia !!!. Pode ser tomada em Postos de Saúde ou clínicas particulares de imunização. Ela é muito importante pois protege você dessa doença gravíssima, que pode surgir mesmo com ferimentos leves (mesmo sem “ferrugem”, o que é um mito) !
15. Evite tomar qualquer vacina poucos dias antes da viagem, pelo risco de febre e outros efeitos colaterais. Faça - o semanas antes de viajar.
16. Evite contato com água parada, como algumas lagoas e poças. Esse tipo de água pode transmitir doenças graves. Se molhar seus calçados, meias ou roupas com essa água, procure se lavar e se trocar, logo que puder.
    

Quanto aos mosquitos, que incomodam e transmitem doenças importantes.

1. Evite o mato, principalmente fechado.
2. Nos horários do nascer e pôr do Sol, procure usar mangas e calças compridas e repelentes.
3. Evite acampar ou ficar em proximidade de rios ou depósitos de lixo.
4. Você pode mandar preparar em farmácias de manipulação o seguinte: comprimidos de Vitamina B6 (Piridoxina) de 300 mg (não é Complexo B como muitos pensam). Esse comprimido deve ser encomendado em farmácias de manipulação, pois a dose de Vitamina B6 é muito alta. Não é caro. Comece a tomar 01 comprimido pela manhã e outro à tarde já cerca de 04 dias antes da viagem e continue tomando durante toda a sua estadia no local. Essa vitamina, nessa alta dose, é exalada pela pele, sem cheiro forte, atuando como repelente contra mosquitos (essa ação obviamente não é 100 % eficaz) . É usado por pesquisadores em áreas de transmissão de doenças por mosquitos.
5. Outra boa opção, mais prática, é comprar cápsulas de óleo de alho em farmácias comuns, e tomar 03 a 04 ao dia (pode ser em dose única), iniciando também 05 dias antes da prova. Não se preocupe: você não vai ficar cheirando alho. Tem a mesma ação da Vitamina B6.
6. Use bons repelentes. Um dos melhores é o Exposis, encontrado em lojas de esportes de aventura.
7. Faça uma ficha médica para cada membro da viagem, aproximadamente do tamanho de um cartão de crédito, e plastifique–a . Essa ficha deve ficar com você constantemente e pode ajudar muito numa emergência, principalmente se você não puder dar informações. Coloque nela seu nome, endereço, convênio, alergias, doenças prévias, medicamentos que usa, telefone de seu médico e de familiares. Não a coloque na pochete ou mochila, mas sim num bolso seguro da jaqueta ou calça. O ideal é pendurá-la no pescoço.
8. Prepare-se fisica e psicologicamente com seriedade. É difícil chegar ao nível de um “Rambo”, de um Gurkha ou de um soldado do CIGS (Centro de Instrução e Guerra na Selva, na Amazônia, do Exército Brasileiro), mas vale a pena tentar. (GURKAs: tropa de origem nepalesa, considerada uma das mais eficientes do mundo em combate na selva – servia também às Forças Armadas da Inglaterra).
   

Quanto ao seguro de saúde

1. Tenha um bom plano de saúde.
2. Cheque se oferece transporte aéromédico (avião-UTI) de qualquer local do país (hospital ou similar) para sua cidade do acidentado e hospital de preferência, a qualquer hora e dia. Ou se apenas leva a vítima para uma cidade próxima do acidente, que tenha melhor estrutura médica.
3. Cheque se cobre qualquer tipo de lesão decorrente da sua aventura.
4. Cheque se oferece cobertura cirúrgica, internação prolongada em UTI, próteses, etc..
5. Dependendo do local e do perfil da sua “aventura”, inclua no seu seguro médico um seguro de vida.
6. Viagem com os dentes em ordem - bons dentistas normalmente estarão distantes de sua aventura.
7. Se a “aventura” for longa e difícil, seus músculos e tendões vão sofrer. Procure aprender alguns alongamentos e faça-os, sempre que puder. Alongue inclusive pescoço, coluna, ombros, mãos e pés. Isso melhora a performance física e ajuda a evitar câimbras.
8. Não se envergonhe de pedir ou aceitar uma massagem. Nos grandes rallies e competições de esportes outdoor internacionais, várias equipes têm o requinte de levar seus próprios massagistas!
   
   
   
   

Quanto ao sono

1. Descanse e durma o melhor possível. Distância longas desgastam mais do que parece e o cansaço físico e psicológico é acumulativo ao longo dos dias. Coca-Cola ou Pepsi com café ainda ajuda, embora por pouco tempo. Se você tomar alguns “rebites” ou similares, o sono poderá diminuir por algumas horas. Mas inevitavelmente, retornará de forma incontrolável, adicionado dos efeitos indesejáveis desse tipo de medicação. Assim, evite ficar acordado com uso de medicamentos.
2. Quando estiver absolutamente exausto num momento inadequado para dormir bastante, um “cochilo” ajuda a recuperar energias. Se decidir por isso, procure não deixar essa “soneca” ultrapassar 40 minutos. Se passar desse tempo, você entrará numa fase fisiológica mais profunda do sono, e ao acordar no meio dela, estará muito “sonolento”.
   Não coma muito antes do sono (procure qualidade e não quantidade).
3. Procure tomar um banho e cuidar dos ferimentos e dores antes de dormir.
   Evite tomar muita bebida alcoólica, chá e café à noite.

O “Efeito Moral” 

1. Acredite no “efeito moral” da coisas. Vários estudos, principalmente em estratégia militar e de sobrevivência, já provaram que alguns “confortos, frescuras ou mordomias” são extremamente importantes para combater o “stress” físico e emocional, otimizando a disposição do ser humano, melhorando o “astral” e a performance, principalmente em situações difíceis. Assim, procure, por exemplo:
2. Se alimentar bem,
3. Tomar um bom banho,
4. Fazer a barba,
5. Aceitar, como dito acima, uma massagem, cuidar dos ferimentos e da dor,
6. Dormir confortavelmente,
7. Colocar uma roupa mais limpa,
8. Deixar as coisas organizadas e limpas (se possível) no carro e no acampamento,
9. Evitar ao máximo “discussões”,  principalmente com amigos.
10. Muito cuidado com rios, lagos, praias e mar. Estudos mostram que o afogamento é o acidente que mais tira  vidas no ambiente outdoor .
11. Informe-se sobre quais são os perigos do local, como corredeiras, rios com sumidouros, rochas instáveis, animais peçonhentos e não peçonhentos e até mesmo indígenas eventualmente hostis.
12. Tenha um bom Kit de Primeiros Socorros, adequado à sua “aventura”.  Procure a orientação de seu médico para montá-lo.  E nele não podem faltar medicamentos que você eventualmente use.
13. Faça um bom curso de primeiros socorros. Mas um curso de boa qualidade, onde não se mostre o óbvio, que você já sabe.
14. Lembre-se: acidentes podem ocorrer em qualquer lugar, momento ou situação. Surgem mesmo em situações aparentemente inofensivas.  A prevenção é sempre o melhor remédio.
15. Tenha a humildade de não exceder seus limites físicos e habilidades técnicas. Muitos atletas experientes, feridos gravemente, confessaram que seus acidentes ocorreram por confiança excessiva e imprudência ! 
16. Não dê chance ao azar. Ele (o azar) não as perde.
17. Mesmo não sendo médico, acredite - você é capaz de agir corretamente na imensa maioria das situações. Diante de qualquer situação de ferimento, acima de tudo acalme-se e raciocine. Sua experiência e bom senso certamente vão levar a uma boa  conduta.
18. Diante de um acidente, tome muito cuidado ao se aproximar da cena e não se transformar em mais uma vítima, por exemplo num atropelamento, queda de rocha, queimadura e principalmente em ambiente aquático.

As prioridades para uma vítima são as seguintes

  

1. Acalmá –la conversando e transmitindo segurança.
2. Facilitar sua respiração e proteger a coluna vertebral, principalmente cervical. Verificar se a vítima está com pulso bom, com boa circulação sanguínea. Se a vítima estiver conversando, lúcida e respirando bem, há boa chance de não haver risco imediato de vida.
3. Nessas situações, afrouxe roupas, cintos de segurança, jaquetas e coletes
4. Diante de sangramentos, evite garrotes ou torniquetes. Lave o ferimento e faça uma compressão direta sobre o mesmo, utilizando gaze, um pano limpo ou plástico e enfaixe com atadura, com uma compressão moderada. Lembre-se: a imensa maioria dos ferimentos sangrantes assusta muito masNÃO SÃO GRAVES !!!!
5. Quando houver uma suspeita de fratura ou fratura evidente de braço ou perna, também não se assuste !   Manipule–a cuidadosamente, sem medo e tente improvisar uma tala para imobilizá-la.
6. Se após uma queda, por exemplo, você tiver dor muito forte  e persistente na cabeça, pescoço, tórax,  abdômen ou bacia, pare, repouse e peça ajuda. Pode haver uma lesão grave em progressão e você deve imediatamente solicitar um médico ou resgatre.
7. Não deixe que o motorista de seu carro exceda os limites de segurança. Um alerta enérgico pode evitar gravíssimos acidentes.Não tenha constrangimento de exigir esse cuidado.
8. Cobras, escorpiões e outros “bichos” são uma realidade. Botas macias ou calçados especiais para Trekking ou Montanhismo são o ideal. Devem de preferência ter impermeabilidade, canos mais altos e solado grosso e firme.
9. Ao recolocar casacos, botas e entrar em barracas, verifique rigorosamente o interior dos mesmos, onde muitas vezes há escorpiões ou aranhas.
10. Evite pisar no mato, em vegetação rasteira, manipular troncos de árvore caídos ou similares. Cuidado ao encostar em árvores e construções rústicas.
11. Cerca de 80 % das picadas de cobra são nas pernas, abaixo dos joelhos. Tome cuidado por exemplo, ao fazer suas ”necessidades fisiológicas” no mato - as picadas podem ser em outro lugar do corpo!
12. Após picadas de cobras, não entre em pânico !  Normalmente o veneno, ao contrário do que se pensa, leva HORAS para trazer risco real de vida. A vítima deve ficar em repouso, não se deve garrotear o membro afetado nem cortar (ou chupar) o ferimento. Procure um hospital imediatamente.
13. Não se preocupe em matar a cobra para levá-la com você. Bons hospitais, examinando o ferimento e o paciente, têm condições de saber que tipo de cobra causou o acidente.
14. Nem sempre você percebe que foi picado por uma cobra ou aranha. Diante de um ferimento suspeito, principalmente com muita dor e inchaço, na altura dos pés ou  pernas, procure um hospital.
15. Nos acampamentos, mantenha fechada a barraca e evite restos de alimentos próximo dela. Isso certamente atrai animais e insetos.
16. Cuidado com uso de lampiões e com a combinação “umidade x fiação elétrica”.
17. Evite montar a barraca dentro do mato e próximo a margens de rios.
18. Evite fogo próximo da barraca.
19. Hidrate-se o melhor possível. Ao entrar num trecho de caminhada onde não há certeza da existência de água, beba uma boa quantidade dela, mesmo sem sede. A resistência à sede assim será maior.
20. Prefira os líquidos não excessivamente doces e não gasosos.
21. Não tome água de origem duvidosa. Em farmácias você pode comprar um frasco do produtoHidrosteril ou similar. Trata-se de uma solução química que adicionada à água “limpa”, torna-a potável  em instantes. Nas lojas de esportes de aventura há mais produtos similares.
22. Se você quiser sofisticar um pouco mais, a água de rios limpos pode passar por filtros portáteis especiais, antes do uso  das substâncias acima. Tais filtros são vendidos nessas mesmas lojas.
23. Antes de um esforço físico intenso e longo, coloque bebidas isotônicas no seu reservatório de água e não simplesmente água pura. Com suor intenso e prolongado, se você só tomar água, poderá facilitar fadiga, câimbras importantes e às vezes situações mais graves.
24. Outra opção é junto com a água, comer alguns salgadinhos e frutas.
25. Às vésperas da viagem ou durante a mesma, não experimente novos hábitos, como comidas não habituais, ou substâncias, vacinas e remédios novos. Você poderá ter por exemplo, diarréia, efeitos colaterais ou mesmo reações alérgicas.
26. Durante a viagem, prefira alimentos naturais, principalmente frutas e legumes - evite alimentos gordurosos, muito condimentados ou de aspecto ou gosto estranhos.
27. Só coma frutas e verduras rigorosamente lavadas com água também limpa. Não seria exagero evitar saladas quando for desconhecida a qualidade de seu preparo. Evite igualmente carnes mal cozidas.
28. Evite comidas muito estranhas, principalmente preparadas na rua ou em restaurantes com má higiene.
29. A menstruação ou Tensão Pré – Mentrual durante a viagem pode ser muito incômoda. Adote uma tática usada por atletas olímpicas: se você vai menstruar ou ficar no período de TPM durante a viagem, converse com seu ginecologista. Com hormônios simples, ele pode organizar melhor essas situações, por exemplo, antecipando a menstruação (e a TPM).
30. Não subestime o Sol e o calor. Suas ações são acumulativas e perigosas, podendo causar queimaduras, desidratações graves e Hipertermia (às vezes fatal).  A Hipertermia grave é conhecida internacionalmente com Heat Stroke (veja na internet inúmeros textos especializados).
31. Em locais com vento forte (mesmo o vento relativo de trechos de ciclismo, por exemplo) ou ambientes molhados como rafting, canoagem e natação, a ação do Sol é menos percebida e surgem importantes queimaduras de pele que só são percebidas tardiamente.
32. Use,  sob Sol intenso, protetor solar, protetor labial, bonés e lenços para a parte posterior do pescoço.
33. Devem ser escolhidos protetores solares sem base oleosa ou gel, no sentido de não comprometer a sudorese, importante para a termorregulação (regulação da temperatura do corpo). Devem ser aplicados de preferência na pele seca, que  absorve componentes importantes presentes nos bons protetores. Seu efeito não é apenas de uma barreira física ao sol, mas também química.
34. A aplicação desses cremes deve ser contínua. O suor, a chuva, garoa, umidade, respingos de água, banhos, água de rios e mar e o próprio atrito com a vegetação e com a roupa podem continuamente diminuir a camada de creme que protege a pele.
35. Prefira roupas que sejam  de cor clara e de tecidos que permitam a transpiração.
36. Você não está resgatando prisioneiros americanos no Cambodja ! Portanto dispense seu espírito de Rambo e suas roupas camufladas. Elas dificultam sua procura à distância  ou mesmo sua localização em caso de resgate.
37. O lençol de alumínio  é extremamente útil sob o Sol escaldante. Pode ser usado  como uma capa, em situações extremas, como áreas desérticas, sem sombra. Além de fazer sombra, ele reflete a luz solar, atenuando o seu efeito térmico. É também mais visível para equipes de resgate. Pode inclusive ser utilizado também em situações de frio intenso (vide abaixo).
38. Lembre-se: em ambientes quentes, procure ingerir alimentos frios. E em ambientes frios, alimentos quentes. Sob calor intenso, evite ao máximo ingerir líquidos e comidas quentes.. Alimentos frios ajudarão no controle térmico corporal.
39. Em situações de calor extremo, tente molhar  constantemente o corpo, por exemplo em riachos e cachoeiras. Isso é muito importante para diminuir o risco de Hipertermia.
40. Mesmo em locais quentes, costuma haver frio durante a madrugada. Assim, não esqueça bons agasalhos!
41. Tenha também uma capa ou agasalho impermeável.
42. Em casos de frio intenso, evite ao máximo ficar com roupas molhadas, umidade ou andar na água. A perda de calor corporal será muito mais rápida e agressiva e haverá risco de Hipotermia.

Diante de alguém com suspeita de Hipotermia, faça o seguinte:

  

• Afaste a pessoa do frio, isolando-o o melhor possível.
• Seque-a o melhor possível, antes de agasalhá-la.
• Vista-a com roupas que conservam o calor, inclusive cobertores, lençóis  aluminizados e     sacos de dormir.
• Se a pessoa estiver em condições, pode ser estimulada a movimentar-se (aquecimento “ativo”).
• Faça massagens vigorosas (se a Hipotermia for leve, sem congelamento, por exemplo de mãos e pés).
• A vítima pode ser “abraçada” por várias pessoas, para aquecimento “passivo”.
• Ofereça-lhe alimentos e líquidos quentes, se estiver acordada.
• Dê-lhe banhos quentes.
• Aproxime-a de fontes de calor, como fogueira, radiação solar e lâmpadas (obviamente, com cuidado). 
• Qualquer pequeno ferimento, como um bolha na mão, uma pequena pedrinha na bota ou uma deformidade na palmilha  podem ser inofensivos num percurso de poucas horas ou trechos curtos.        Cuide precocemente deles, pois esses “pequenos desconfortos” podem gerar ferimentos importantes após percursos muito longos. Cuide também das suas unhas “encravadas”.
• Evite usar na viagem, pela primeira vez, aquela bota linda e novinha. Prefira aquela já ‘amaciada”.
• Se você tem já teve reações alérgicas graves, por exemplo a picadas de mosquitos, é importante se precaver com medicamentos mais potentes e de ação imediata. Converse com seu médico ! Há um medicamento importado especial para essas situações. O nome é Epi Pen e já vem preparado para auto-medicação (é um pequeno dispositivo que injeta facilmente uma dose de Adrenalina ou Epinefrina).  Pode salvar uma vida, por exemplo num choque anafilático. Pode ser comprado no Brasil em sites de medicamentos importandos (ex.: Tradefarma).  Outra opção seria você ter uma ampola de Adrenalina e uma seringa especial do tipo “seringa de insulina”. Diante de uma reação alérgica muito grave, em que há dificuldade para respirar por exemplo, deve ser aplicada no tecido gorduroso, na gordura abaixo da pele da coxa ou do abdômen. Obviamente, você deve saber preparar a dose e aplicar, para usá-la. (Obs.: esta é uma das várias formas de aplicações usadas em emergência). Repetimos: converse com seu médico !

Quanto aos raios e tempestades

• Cuidado: os acidentes com raios são muito mais freqüentes do que se pensa. E podem surgir mesmo sem chuva.
• Afaste-se de árvores isoladas, estruturas metálicas, redes elétricas, construções pequenas de alvenaria.
• Não fale ao telefone ou celular (nem mesmo utilize qualquer tipo de Moden).
• Disperse grupos de  pessoas.
• Evite roupas molhadas ou pisos úmidos
• O interior de carros é um lugar relativamente seguro (apesar do metal).
• Afaste-se de motos, bikes e quadriciclos.
  Dento de barracas, afaste-se de estruturas metálicas externas e da cobertura molhada.
• Evite proximidade de árvores isoladas em áreas abertas e alto de colinas ou montanhas.
• Saia imediatamente de piscinas, mar ou águas abertas. 
• Procure sempre ficar facilmente localizável para os membros do grupo - não suma!
• Critique menos e elogie mais. Antes de criticar, procure também reconhecer os esforços para o que já foi ou o que será feito.
• Ao fazer uma crítica, faça-a com elegância, eloquência e respeito.
• Calma e paciência. Sempre. Principalmente com quem não merece ouvir injustiças, e que se esforçou para que todos ficassem bem !
• Respeite mesmo a natureza !
• Respeite a população local. Suas propriedades, seus costumes e principalmente sua curiosidade e privacidade! Lembre-se: você é o intruso! 
• Finalmente, lembre-se que você está no campo, floresta, montanha, rio ou mar. Em toda parte do planeta, várias e sábias civilizações, grupos humanos e tribos acreditaram e continuam acreditando que há entidades ou espíritos que povoam e governam esses ambientes da natureza. Vários estudiosos, expedicionários, viajantes e atletas também acreditam na existência deles. Eu também. Inclusive, é muito conhecida a idéia de que o alpinista alcança o cume de uma grande montanha não quando ele quer ou pode, mas sim quando “A Montanha Permite”. Dessa forma, antes de entrar no mar, num rio, numa floresta, você não precisa conhecer e seguir determinado ritual perante as entidades que lá possam estar.   Simplesmente pare, observe a sua volta e escute. Assuma uma atitude acima de tudo de respeito. Demonstre humildade. E peça licença para entrar e proteção para sair. Com certeza, dependendo do seu comportamento, as entidades lhe ouvirão ...

Fonte: www.curtlo.com.br

Como escolher sua mochila

       

    

            

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Parque Estadual do Rio Preto recebe melhorias e novas instalações

SÃO GONÇALO DO RIO PRETO (29/04/11) - OGoverno de Minas já iniciou as obras de reforma e melhoria das instalações do Parque Estadual do Rio Preto, visando melhorar o atendimento ao turista. A unidade de conservação, localizada na região do Alto Jequitinhonha e administrada peloInstituto Estadual de Florestas (IEF), é um dos principais destinos do turismo ecológico no Estado. A unidade está fechada desde março e a previsão é de que seja reaberta à visitação em outubro de 2011.

Os recursos investidos no Parque Estadual do Rio Preto são provenientes de parceria entre aSecretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) e o Ministério do Turismo, através do Programa Regional de Desenvolvimento do Turismo (Prodetur). No total, serão aplicados cerca de R$ 1,8 milhão, dos quais R$ 1,6 milhão proveniente do governo federal.

A infraestrutura física da unidade de conservação será ampliada com a construção de um Centro de Manutenção para os equipamentos da unidade de conservação e um de Pesquisas, dotado de laboratório e acomodações. Dois novos pontos de apoio para os funcionários do parque serão construídos na área de camping e na área conhecida como Chapada.

O centro de recepção aos visitantes será reformulado com a instalação de uma exposição permanente. O projeto será executado pela organização não governamental Instituto Terra Brasilis e proporcionará ao turista contato com informações sobre o que é protegido na unidade de conservação com o uso de filmes, fotos, mapas e maquetes permitem uma visão geral sobre a fauna, a flora, o relevo, a hidrografia e a geologia da área. Os visitantes também contarão com dois novos quiosques na área de camping.

O diretor de Áreas Protegidas do IEF, Ronaldo José Ferreira Magalhães, observa que todas as obras estão previstas no plano de manejo da unidade de conservação. “As intervenções nas trilhas de acesso dos turistas, por exemplo, são melhorias nos locais que já são previstos para visitação”, explica.

Trilhas

Dentre as intervenções que estão em curso no Parque Estadual do Rio Preto, destaca-se a implantação do projeto de trilhas que oferecerá mais informações aos visitantes. Os caminhos que tradicionalmente são utilizados para chegar aos principais atrativos turísticos ganharão placas, escadas e suportes para dar mais segurança aos turistas em locais com maior grau de dificuldade.

O projeto de trilhas tem roteiros previamente indicados no plano de manejo e que englobam todas as áreas do parque abertas à visitação. São eles o dos Mirantes, o das Pinturas Rupestres, das Crianças, do Cerrado, da Convivência com a Fauna e Flora e o de Praias de Rios e Cachoeiras que englobam os locais existentes no córrego das Boleiras e no rio Preto, como as corredeiras e as cachoeiras do Crioulo e da Sempre-Viva.

O consultor do IEF, Benito Drummond, afirma que os locais onde serão feitas obras já foram demarcados. Ele explica que, além de beneficiar os turistas, as obras protegerão a natureza no interior da unidade de conservação. “As intervenções nas trilhas também têm o objetivo de evitar e conter erosão provocada pela constante presença de pessoas”, observa.

Riqueza natural

O Parque Estadual do Rio Preto está localizado no município de São Gonçalo do Rio Preto, distante 56 quilômetros de Diamantina e está inserido no complexo da Serra do Espinhaço. Com uma área de cerca de 10,7 mil hectares, a unidade de conservação abriga diversas nascentes, dentre as quais se destaca a do rio Preto, um dos mais importantes afluentes do Araçuaí que, por sua vez, deságua no rio Jequitinhonha.

Os recursos hídricos privilegiados encontrados na unidade de conservação favorecem a formação de cachoeiras, piscinas naturais, corredeiras e praias fluviais com areias brancas. Entre os atrativos turísticos destacam-se as cachoeiras, as pinturas rupestres e os mirantes naturais.

A cobertura vegetal do parque é composta, na maior parte, por cerrado e campos de altitude. A fauna é igualmente rica, com a presença de diversas espécies ameaçadas de extinção como o lobo-guará, o tamanduá-bandeira, o tatu canastra e a jaguatirica.

COMO CUIDAR DA SUA MOCHILA CARGUEIRA

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